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Cúpula do Clima e transição energética: como evitar promessas vazias

Nos dias 22 e 23 de abril de 2021, o presidente americano Joe Biden apresentou e organizou a Cúpula do Clima, evento que reuniu algumas das principais lideranças globais para discutir o futuro do planeta — e quais ações voltadas para a transição energética poderiam garantir este futuro.

Figura 1 – Cúpula do Clima 2021.

Em qualquer evento que trate sobre sustentabilidade, ouve-se uma série de metas e promessas. A Cúpula do Clima foi recheada de compromissos feitos pelos vários países participantes, como China, França, Rússia, EUA, Alemanha, e, é claro, o Brasil. 

Mas qual é o verdadeiro impacto desse comprometimento? Eventos como a Cúpula do Clima e o Acordo de Paris servem como um sinal. Um sinal bom, mas que deve ser visto com cautela. Um exemplo é os Estados Unidos: um dos maiores poluidores do mundo, com destaque para a emissão de CO2, mas que prometeu cortar pela metade a emissão dos gases até o fim da década. 

A desconfiança paira sobre muitas das promessas feitas — e no Brasil não é diferente. Bolsonaro prometeu atingir a neutralidade climática até 2050, além de diminuir o desmatamento pela metade. A realidade é que o país, muito por conta do nosso clima tropical, sol irradiante, ventos fortes e grande capacidade fluvial, tem enorme potencial de atendimento ao consumo de energia por fontes renováveis.

Figura 2 – Participação do Presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima 2021.

As fontes fósseis representam de 10 a 15% da energia gerada no país. Quando há estiagem, esse número pode chegar a 20%. Ainda assim, há muito espaço para melhora, pois ainda existem dois problemas de grande relevância na matriz energética brasileira. 

Sistemas Isolados na região Norte

O primeiro deles já abordamos um pouco neste artigo: os sistemas isolados. Atualmente, cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil recebem energia elétrica por meio de sistemas isolados — a maior parte no Norte do País. Cidades em estados como Acre, Rondônia, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Tocantins  e Roraima são atendidas por sistemas fósseis movidos a óleo diesel, fora da rede elétrica brasileira. E todos os consumidores de energia elétrica do Brasil, ao pagarem suas contas de energia, ajudam a pagar esse óleo, com custos embutidos nas tarifas que somam anualmente cerca de R$ 8 bilhões.

Figura 3 – Comunidades indígenas do norte do país aprendendo sobre energia solar.

Com o avanço da tecnologia e a diminuição dos preços de energias como eólica e solar, existem diversas opções de sistemas isolados que poderiam abastecer os estados supracitados. As Ilhas da Sicília são um exemplo de sistema isolados sustentável e que se mostrou interessante até em relação ao turismo. Outros exemplos incluem os Açores, o Havaí, as Ilhas Canárias, o Alasca, diversas ilhas na Ásia e na Austrália. Já no Brasil, continuamos contratando diesel…

Térmicas a carvão mineral nacional subsidiado no Sul

Outro desafio são as térmicas movidas a carvão mineral no Sul do país. Pagamos de R$800 milhões a R$1 bilhão por ano para subsidiar o carvão mineral nacional. Precisa ser feito um planejamento para a transição energética e o fechamento dessas usinas. Não podemos simplesmente abandoná-las, porque é necessário cuidar das pessoas, do solo e da água da região. Sem esquecer também da geração de empregos para prover oportunidades de vida nova às pessoas que trabalham nas térmicas ou mesmo nas minas.

Figura 4 – Mina de carvão no sul do Brasil.

Vale lembrar que a distribuição de energia na região Sul pode funcionar normalmente se essas térmicas a carvão forem simplesmente descontinuadas. No entanto, é preciso utilizar a vocação dos estados: o Sul conta com muito vento, tornando a energia eólica propícia para o local. A solar também é uma opção, mesmo que seja em menor escala do que em outros estados.

Sustentabilidade local e intermitência: desafios da transição energética

Precisamos valorizar as possibilidades que temos em solo brasileiro, principalmente as hidrelétricas, importantíssimas no passado e atualmente como principal fonte de energia do país. Só que a transição energética, tão em alta nas últimas discussões sobre o clima, precisa ser feita de maneira arrojada — não podemos olhar apenas a energia, precisamos olhar a economia local. A energia sustentável precisa ir além dos limites das tomadas e das lâmpadas, permitindo a instalação de equipamentos que gerem renda para as famílias que moram nas regiões em que serão instalados os sistemas com as novas tecnologias. 

Figura 5 – Fabricação de polpa de cupuaçu na região norte.

Outro ponto a ser considerado é a intermitência das novas fontes de energia, principalmente a eólica e a solar. Precisamos trazer novas tecnologias focadas em armazenamento para que possamos lidar com a intermitência do sol e do vento, por exemplo. Conforme essas fontes vão se tornando cada vez mais relevantes na matriz energética brasileira, os preços da energia começam a variar mais ao longo do dia.

Uma das tendências é fazer a gestão do consumo horário de energia de cada pessoa, tema que abordamos neste outro texto. Com a implantação de tarifas de energia que refletem os custos de produção, e com a educação e conscientização das pessoas sobre as variações horárias dos preços, os picos de consumo são reduzidos em 10% a 15%. 

É uma redução relevante, é claro! Mas quando se coloca um equipamento de monitoramento do consumo com algoritmos que armazenam os dados e tomam a decisão de forma otimizada e automatizada, os picos de consumo reduzem-se de 20% a 25%. 

Nós da Volt Robotics estamos trabalhando em equipamentos inteligentes que monitoram o consumo e controlam os eletrodomésticos, e temos observado reduções do custo da energia de até 30%.  

Vídeo do Primeiro robô da Volt Robotics para monitoramento e gestão do consumo de energia.

As promessas e metas feitas em uma Cúpula do Clima podem, sim, dar bons direcionamentos para o futuro do planeta. Mudanças de hábitos e a implementação de novas tecnologias permitem ganhos reais de eficiência, com a consequente redução nos efeitos sobre o meio ambiente. 

Quer entender um pouco mais como usar a energia elétrica de forma mais eficiente e contribuir para conter as mudanças climáticas? Fale com a Volt Robotics!

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